Profissionais de efeitos
visuais reclamam da desvalorização do seu trabalho. Por exemplo, estúdio
que ganhou o Oscar deste ano já declarou falência e concordata.
(Fonte da imagem: Reprodução/The Hollywood Reporter)
Você provavelmente navega com certa frequência no Facebook
e, entre um clique e outro, pode ter se deparado com um ou mais perfis
que possuíam apenas um quadrado verde-fluorescente como avatar. Não
entendeu o significado disso? Não se preocupe, o Tecmundo explica para
você.
A adoção do fundo chroma key, técnica amplamente usada pelas emissoras de TV e produtoras cinematográfica (clique aqui para
saber como ela funciona), na rede social é na verdade um protesto dos
artistas de efeitos visuais pela valorização do seu trabalho, o qual
está sendo apoiado por muitos profissionais relacionados e até mesmo fãs
do cinema.
Conforme relatado pelo site The Hollywood Reporter,
a comunidade envolvida na produção dos popularmente chamados “efeitos
especiais” reclama por melhores pagamentos. Após um incidente durante o
Oscar, que você confere logo abaixo, um grupo de profissionais da área
criou a associação VFX Solidarity International (algo como Solidariedade Internacional Efeitos Especiais), a qual foi responsável pela idealização do protesto no Facebook.
(Fonte da imagem: Reprodução/VFX Solidarity International (perfil no Facebook))
O estopim
No último domingo, dia 24 de fevereiro, aconteceu a premiação mais
famosa do cinema: o Oscar. Quem levou a estatueta de melhor efeitos
especiais foi o estúdio Rhythm & Hues, contratado pelo diretor Ang
Lee para a produção “Aventuras de Pi”.
Ao subir no palco e realizar o discurso como premiados, os
responsáveis pela empresa tentaram tocar no assunto da desvalorização
dos profissionais de efeitos visuais, mas foram subitamente cortados.
A indignação tem justificativa: mesmo participando de grandes
sucessos das telonas, a Rhythm & Hues precisou declarar falência no
final de 2012. Isso porque, geralmente, os diretores e roteiristas usam o
argumento de que a nova produção agregará muito ao portfólio do estúdio
e pedem descontos “abusivos”.
Com a existência de grande concorrência, as companhias de efeitos
especiais são praticamente obrigadas a aceitar algumas dessas propostas,
o que as transformaram em uma prática comum. Nesse ciclo, os artistas
saem com os bolsos vazios, enquanto as grandes produtoras lucram com os
recordes de bilheterias.
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