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15 de mar. de 2013

Entenda o protesto dos avatares verdes no Facebook

Profissionais de efeitos visuais reclamam da desvalorização do seu trabalho. Por exemplo, estúdio que ganhou o Oscar deste ano já declarou falência e concordata.



Entenda o protesto dos avatares verdes no Facebook
Você provavelmente navega com certa frequência no Facebook e, entre um clique e outro, pode ter se deparado com um ou mais perfis que possuíam apenas um quadrado verde-fluorescente como avatar. Não entendeu o significado disso? Não se preocupe, o Tecmundo explica para você.
A adoção do fundo chroma key, técnica amplamente usada pelas emissoras de TV e produtoras cinematográfica (clique aqui para saber como ela funciona), na rede social é na verdade um protesto dos artistas de efeitos visuais pela valorização do seu trabalho, o qual está sendo apoiado por muitos profissionais relacionados e até mesmo fãs do cinema.
Conforme relatado pelo site The Hollywood Reporter, a comunidade envolvida na produção dos popularmente chamados “efeitos especiais” reclama por melhores pagamentos. Após um incidente durante o Oscar, que você confere logo abaixo, um grupo de profissionais da área criou a associação VFX Solidarity International (algo como Solidariedade Internacional Efeitos Especiais), a qual foi responsável pela idealização do protesto no Facebook.
Entenda o protesto dos avatares verdes no Facebook 
(Fonte da imagem: Reprodução/VFX Solidarity International (perfil no Facebook))

O estopim

No último domingo, dia 24 de fevereiro, aconteceu a premiação mais famosa do cinema: o Oscar. Quem levou a estatueta de melhor efeitos especiais foi o estúdio Rhythm & Hues, contratado pelo diretor Ang Lee para a produção “Aventuras de Pi”.
Ao subir no palco e realizar o discurso como premiados, os responsáveis pela empresa tentaram tocar no assunto da desvalorização dos profissionais de efeitos visuais, mas foram subitamente cortados.
A indignação tem justificativa: mesmo participando de grandes sucessos das telonas, a Rhythm & Hues precisou declarar falência no final de 2012. Isso porque, geralmente, os diretores e roteiristas usam o argumento de que a nova produção agregará muito ao portfólio do estúdio e pedem descontos “abusivos”.
Com a existência de grande concorrência, as companhias de efeitos especiais são praticamente obrigadas a aceitar algumas dessas propostas, o que as transformaram em uma prática comum. Nesse ciclo, os artistas saem com os bolsos vazios, enquanto as grandes produtoras lucram com os recordes de bilheterias.
 

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